Presidente da República Dirige Mensagem à Nação Após Tumultos em Luanda

Presidente da República Dirige Mensagem à Nação Após Tumultos em Luanda

Na sequência dos tumultos registados no início desta semana, com epicentro na cidade de Luanda, o Presidente da República, João Lourenço, dirigiu nesta sexta-feira (01) uma mensagem à Nação, na qual condena veementemente os actos de vandalismo ocorridos e manifesta solidariedade com as famílias afetadas.

Durante o seu pronunciamento, o Chefe de Estado destacou que os direitos de greve e manifestação são legítimos e consagrados na Constituição, mas alertou que os recentes acontecimentos ultrapassaram esses limites, transformando-se em "actos premeditados de destruição, assalto e pilhagem".

 “O que assistimos desde segunda-feira foram actos criminosos que resultaram em destruição de bens públicos e privados, luto, desemprego e instabilidade. Isso é grave, isso é crime punível e condenável”, frisou o Presidente.

João Lourenço garantiu que as forças da ordem agiram conforme as suas obrigações, e que a normalidade foi restabelecida. No entanto, reconheceu que as consequências dos distúrbios foram severas para a economia e para o bem-estar social.

O Presidente agradeceu o empenho da Polícia Nacional, dos profissionais da saúde e das organizações que se posicionaram publicamente contra os actos de violência, e anunciou que o Executivo aprovará na próxima segunda-feira medidas de apoio às empresas afetadas, para garantir a reposição de estoques e manutenção de postos de trabalho.

O discurso também abordou o papel das famílias, igrejas e escolas na educação moral e cívica da juventude angolana, afirmando que “a educação não pode estar nas mãos das redes sociais sem rosto nem identidade, mas sim nas instituições que formam o cidadão para o futuro”.

Em tom firme, João Lourenço assegurou que o Estado vai continuar a investir nos sectores sociais, nas infraestruturas e na criação de empregos, e concluiu com um apelo à paz e ao compromisso com Angola:

“Vinte e três anos depois do fim do conflito armado e no ano em que comemoramos os 50 anos de independência, não podemos aceitar mais dor e luto entre os angolanos.”

Viva Angola!


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