Angola atrai bilhões em novos investimentos no setor de Petróleo & Gás

 Angola atrai bilhões em novos investimentos no setor de Petróleo & Gás

Nas últimas semanas, autoridades angolanas anunciaram uma série de projectos e compromissos de investimento que prometem reforçar significativamente o setor de petróleo e gás do país, com impacto económico, produtivo e estratégico para os próximos anos.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), foram assegurados cerca de US$ 60 mil milhões destinados a novos projectos nos próximos cinco anos.  Esses investimentos deverão alavancar tanto empreendimentos existentes como novas concessões. 

Um dos destaques é o acordo preliminar firmado com a Chevron para exploração no bloco offshore 33/24, localizado na bacia do Baixo Congo. O contrato de serviço com risco (Risk Services Contract, RSC) depende ainda da aprovação regulamentar, mas indica confiança crescente de empresas internacionais no ambiente regulatório de Angola. 

Também se prevê que, entre 2025 e 2029, sejam investidos cerca de US$ 72 mil milhões em concessões petrolíferas já atribuídas, fruto de reformas legislativas e institucionais que têm favorecido a competitividade e o apetite de investidores. 

Outro projecto relevante é o da refinaria de Cabinda, com capacidade inicial para processar 30 mil barris por dia, cujo arranque da produção de derivados de petróleo está programado para o fim de 2025. Este empreendimento, apoiado pela empresa Gemcorp e com participação da Sonangol, deverá contribuir para reduzir a dependência de Angola das importações de combustíveis. 

A joint-venture Azule Energy (entre Eni e BP) também revelou planos para investir US$ 5 mil milhões nos próximos quatro a cinco anos em Angola, participando em novos projectos e na continuação de operações existentes. Parte desse investimento inclui a perfuração de até 18 novos poços, muitos sob sua operação. 

As autoridades destacam que estas medidas visam manter a produção petrolífera do país acima de 1 milhão de barris por dia até 2027, através de desenvolvimento de campos maduros, produção incremental, e abertura de novos blocos para exploração. 

Será importante acompanhar se estes projectos irão cumprir os prazos estipulados, bem como o efeito real destas intervenções no mercado interno de emprego, na capacitação de competências locais, e nos valores arrecadados pelo Estado.


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